ㅤㅤㅤㅤㅤ L o o s eㅤT h o u g h t s

Feliz pelas janelas que não falam. Se dissesse, não gênio, te contaria que eu sei sim, no fim das contas, fazer sorrir. Não falo de gritos, do que não conheço, coisas idênticas. Talvez todas as grandes vias sejam iguais, se você reparar bem nas luzes – não estou falando de estrelas – será que você repara? (...) Pela primeira vez, basta o silêncio.


Diga, por favor, quantos "mal me quer" existem em uma flor? Não quero tentar a sorte e me decepcionar mais uma vez, pois agora qualquer empurrão me derruba, qualquer controvérsia me distrai. Preciso de certezas, de doses de amor que façam efeito, de drogarias que funcionem vinte e quatro horas, porque o remédio não é mais para dor de cabeça, mas dor de coração. Coração mole, frágil, deplorável, inclusive, que não aguenta ilusões perdidas e músicas tristes porque se desfaz em pó. É, o controle escapou da minha disposição. Eu me movo e não vou à lugar nenhum, fujo em vão dessa areia movediça, procuro saídas nessa masmorra infinita e afundo, cada vez mais, em um oceano negro que esconde a superfície. Então diz, eu imploro, quais são os riscos de aventurar sem medo nas histórias dos livros que eu já li? O protagonista tem seus traços, seu jeito, sua risada? Faz lembrá-lo? Porque você sabe, eu tenho essa mania inconsequente de viver os contos e amar meus pares românticos de forma platônica, feita que só eu sei. Meu porta retratos se partiu, minha cama não conforta meu corpo, meu cobertor só cobre, mais nada. Estou com frio, dor, osteoporose na alma, atrofiamento de sentimentos e problemas graves com metáforas. Diga, não sente vontade de conceder abraços calorosos, carícias, afagos, aconchego? Ou apenas o deixa satisfeito as minhas declarações tão tolas de amor infantil?

Publicar um texto é o meu jeito educado de dizer: "Me empresta seu peito, porque a dor não tá cabendo só no meu".

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