"Confesso que ando muito cansado, sabe? Mas um cansaço diferente. Um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem. Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertecendo. Estou realmente cansado. Cansado e cansado de ser mar agitado, de ser tempestade. Quero ser mar calmo. Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: 'Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.' Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Confesso, confesso, confesso. Confesso que agora só espero você." - Caio Fernando Abreu
Porque no final, quando você perde alguém, cada vela, cada oração, não vai mudar o fato que a única coisa que sobrou é um buraco na sua vida, onde alguém que você se importou costumava estar. E uma pedra, com o nascimento cravado nela, que eu aposto estar errada!
Não chorei, não gritei, não fiquei chateada, não bati o pé.
Pra que fazer barulho? Que vá. Nunca me pertenceu.
É uma grande hipocrisia dizer que vai "praticar o desapego", que vai "se afastar de tudo que lhe faz mal", que agora "está em outra", que não sei o que lá, do sapatinho branco que em todos cabe bem, para disfarçar dor de cotovelo ou falta de amor. Quem dera se tivéssemos realmente esse poder de largar um namorado quando estamos sofrendo de amor, quem dera se deixar de amar uma pessoa fosse questão de vontade, quem dera se pudéssemos blindar nossos corações contra mágoas, decepções e coisas que nos machucam, quem dera se nossas fases tivessem controle remoto, para darmos um stop na hora mais cabível a nossas emoções. Quem dera se todas as teorias acontecessem na pratica de fato, e, quem dera se muitos que tentam se fazer fortes fossem mais realistas e menos tolos.
tenho tantas coisas passando pela cabeça, tantos nós na garganta para serem desfeitos - ou quem sabe serem apertados mais, até enfim, me sufocarem - são tantas coisas pra falar e tão poucas as minhas expressões. tantas coisas para contar, tantos gritos que guardo a anos. começo a escrever e as palavras parecem fugir de mim. queria tanto me importar menos, sentir menos, amar menos. estou a ponto de explodir. explodir com tantos sentimentos acumulados, tantas mágoas dentro de mim. uma tremenda reviravolta. os dias tem sido todos iguais e rezo para a madrugada chegar para eu poder, enfim, ficar sozinha, só eu e meus pensamentos. 'mas talvez a madrugada seja para pensar e não para dormir'. perdi a vontade de sair, de ver pessoas, de viajar, de fazer planos, de realizar meus sonhos. perdi a vontade de viver. todas as noites aquela vontade imensa de chorar como se não houvesse amanhã vem e deita comigo na cama. a meses não sei o que é ir dormir em paz comigo mesma, dormir com aquele sorriso enorme estampado no rosto. vontade de levantar, sorrir, viver e mudar, renovar, inovar, fazer tudo voltar a fazer sentido. preciso me achar, preciso lembrar de quem eu realmente sou, o que eu realmente quero. lembrar do que me faz feliz, do que me deixa sorrir. meu Deus, quando foi que eu me perdi? aonde foi? não sei mais quanto tempo isso vai durar. não sei mais quanto tempo eu vou aguentar isso. preciso me mexer e preciso fazer isso sozinha. só me resta descobrir por onde começar!
Há segredos que a gente não conta. Há dias que a gente esquece. Saudades que a gente suporta. Há sentimentos que a gente não esconde. Verdades que a gente inventa. Falsidade que a gente joga fora. Há lugares que a gente prefere. Pessoas que a gente escolhe. Momentos que permanecem. Há frases que a gente decora. Há chances que a gente ignora. Há sonhos que não se realizam. Há palavras que nada as substitui. Há reticências por todas as partes, em todas as histórias.
E continuo. Apesar da saudade. Apesar de me sentir pela metade. Continuo porque é o que resta. Aprendi que se a gente não levar a vida, ela nos leva de qualquer jeito.
é provavelmente o que é melhor para você, mas e para mim? em algum momento você pensou se isso é o melhor para mim? você pensou em mim? pensou nos meus sentimentos? creio que não! você não era assim, você se importava comigo, não sei o que aconteceu para isso mudar, mas de uma hora para outra mudou. e essa mudança me trouxe apenas dor. eu não sei por onde começar, porque você não pode curar o estragado, você não pode realmente consertar um coração. você tentou inúmeras vezes consertar algo que acreditava estar errado, mas nunca houve nada a ser concertado, nada a ser curado. mas lhe dizer isso não mudaria nada, mesmo que eu soubesse o que estava errado, como pude ter certeza? já que você nunca disse o que sentia, você nunca conseguiu se abrir e doía.. e ainda dói te ver sofrer calado. devia ter segurado forte a sua mão, devia ter lutado por você, por nós. mas acho que não seria capaz de lutar sozinha, não desse jeito. você não pode consertar o que você mesmo quebrou. não foi necessário muito para me fazer sofrer, as suas palavras já foram suficiente, elas por si só já machucaram demais, foi como se você estivesse jogando sal nos cortes abertos em meu coração. ardeu, corroeu, queimou! mas você os fez sem pensar na dor que eu sentia. (...) o buraco em meu coração se abre novamente me trazendo lembranças e sentimentos, que preferia deixar escondidas, tudo voltou, aquela dor voltou a me perturbar. e agora eu choro escondida tentando abafar essa dor mais uma vez, mas as minhas tentativas não surtem efeito. já não sei mais o que fazer, já não sei o que fazer para curar o meu coração, já não sei que fazer para fechá-lo. e mais uma vez me encontro vagando por um túnel sem saída, ando e ando, mas andar não me levará a lugar nenhum, não encontrarei uma saída, apenas dor e decepção. ultimamente tenho vivido assim, vagando por um túnel onde me deparo com dores e decepções ao longo do caminho.
Criamos tantos espinhos entre nós dois que agora todas as vezes em que eu tento passar por eles, me machuco mais do que deveria. E alguns deles se fincaram com tanta força em mim que já até viraram parte do meu corpo, tirando a dor das feridas que hoje nem me incomodam mais.
O tempo nem sempre cura tudo. Tenho feridas que já cicatrizaram, mas que insistem em latejar quando o dia está nublado. Tenho mágoas que já foram superadas, mas se lembro bem, se lembro forte, se penso nelas eu choro. E o choro dói, dói como se fosse ontem. Tenho vontades que nunca passam. Tenho sentimento de posse, tenho medo de perder quem é essencial na minha vida. Tenho medo de me perder, por isso acendo todas as luzes.
às vezes, eu me privo de tudo, me fecho, me tranco e só fico nesse mundinho isolado, fechado, que eu própria criei. meu mundinho é pequeno, às vezes, cabe apenas eu, outras, cabe varias pessoas, que chega ficar apertado demais. muita gente entra, experimenta, mas poucos conhecem, ninguém nunca teve paciência de entrar no meu mundo e ficar, de explorar e tentar descobrir meus segredos. tantos mistérios e ninguém pra os desvendar. tanta gente já fez parte do meu mundinho, quanta gente já entrou e quantos já foram embora. mas agora eu vejo que estão em outro mundo, com outras pessoas. muitas vezes não deixo ninguém entrar, cansei de pessoas que só vem pra visitar, nunca pra ficar, só vem de passagem, nunca pra morar.
Cansei de fazer "isso" ou deixar de fazer "aquilo", porque é certo ou errado. Cansei de tratar com educação quem merece ignorância. Cansei de dar atenção a quem merece meu desprezo. Cansei de dizer sim, quando queria dizer não. De mesmo estando mal, distribuir sorrisos e fingir que está tudo bem. Cansei de hipocrisia, de ter que falar o que agrada e não o que penso. Cansei de alimentar falsas esperanças. De sonhar, idealizar algo, criar expectativas e no final dar errado. Cansei de me decepcionar com a verdade e viver entre ilusões e mentiras. Cansei de chorar por quem não merece o meu sorriso. Cansei de tratar com prioridade quem me trata como opção. Cansei de tentar me mudar, devem aceitar como eu realmente sou. Cansei de ligar pra o que falam de mim, não devo satisfações à ninguém. Cansei de ser enganada, agora só acredito em mim mesma. Cansei de ter que aprender com os meus erros. Cansei de te amar e você nem ligar pra isso, me fazendo sofrer. Estou cansada de ver que a primeira vez é a última chance, estou cansada de ser mal interpretada.