ㅤㅤㅤㅤㅤ L o o s eㅤT h o u g h t s

Feliz pelas janelas que não falam. Se dissesse, não gênio, te contaria que eu sei sim, no fim das contas, fazer sorrir. Não falo de gritos, do que não conheço, coisas idênticas. Talvez todas as grandes vias sejam iguais, se você reparar bem nas luzes – não estou falando de estrelas – será que você repara? (...) Pela primeira vez, basta o silêncio.

41, 42, 43… Os segundos passam e nada parece mudar… 50, 51, 52…

Olhando para o meu relógio começo a perceber que ele é a única coisa realmente viva nesse quarto, a única coisa em movimento… 02, 03, 04… Os segundos passam e se transformam em minutos e os minutos se transformam em horas. Derrepente os segundos viraram horas! E as horas viraram segundos.. Quando foi que eu perdi a noção do tempo? Quando foi que eu perdi a noção de tudo? Derrepente o telefone toca e continua tocando, não vou atender, como diria meu irmão: "Se for importante liga denovo". O telefone para, mas depois volta a tocar, pode ser que seja importante. Importante? Importante para quem? Pra mim não, com certeza, não mesmo. Talvez fosse, talvez meu irmão estivesse certo. Meu irmão.. Onde ele está? Não o vejo por perto para brigar comigo ou tentar conversar. Cade ele? Ninguém me mandando ir fazer nada. Isso é estranho. Sinto falta dele… Permaneço de olhos abertos, deitada, sem dormir, sem arriscar fechar os olhos e confrontar a verdade, confrontar minhas lembranças. É mais fácil, eu acho, fugir da verdade, fugir das lembranças. Ser forte o bastante pra resistir e fraca o suficiente pra fugir, ou ser forte o suficiente pra lutar e fraca o suficiente pra ser derrotada? Não sei o que escolher. Portanto não vou escolher nada! Já estou farta de escolhas. Tanto faz… 23, 24, 25… Os segundos continuam a passar, até quando? Até quando vou ficar aqui sem reconhecer rostos, sem me importar com sons, sem pensar ideias. Onde foi que tudo deu errado? Como chegou a esse ponto? Talvez eu devesse escrever algo para aliviar pensamentos. Talvez eu devesse sair correndo sem me importar pra onde. Talvez eu devesse parar com isso. Eu não sei o que eu devo fazer, nunca me disseram o que devo fazer. Nunca me disseram como devo proceder. O que é mesmo que eu quero fazer? Eu acho que tinha uma música assim, era assim? Ouço um som característico que eu sempre ouvi, três notas, esse barulho me é familiar, o que era mesmo? Não importa… 38, 39, 40… Os segundos não param e agora eu lembro, é uma mensagem, meu celular. Quem sabe o que é? Vou ler. Leio. Não era o que eu esperava. Mas o que eu esperava mesmo? Não sei, não importa, não espero nada. Leio e fecho o celular e volto a única coisa que parece fazer sentido, meu relógio e os segundos passando… 51, 52, 53, os segundos sempre voltam ao 0, e sempre continuam a passar, nunca param, nunca mudam, seguem perfeitamente uma sequência, fazem sentido, minuto após minuto. Por que as pessoas não podem ser como um relógio? Por que eu mesma não posso ser tão constante como os segundos? Será que alguem falou comigo? Talvez, não quero ver. Não mesmo. Abaixei o volume pra não ter que me confrontar com sons que me lembram momentos, não quero falar com ninguém. Meu nome ostenta um simples "/out". Por que as pessoas insistem em tentar falar comigo? Por que elas simplesmente não me deixam em paz? Estou a horas tentando me convencer que não preciso de ninguém e ainda sim tentam interagir comigo? Perguntando se está tudo bem? Não posso culpa-las, mas por favor, esqueçam de mim, pelo menos até que uma hora seja apenas uma hora e não um mês. Seria tão fácil se eu me esquece de todo o resto. Mas espere, eu não quero me esquecer, mas não quero lembrar! ...57, 58, 59... O tempo não para, mas eu parei no tempo. "O que eu faço?" pergunto ao relógio. Nada! Nem um tic-tac! Apenas continua me olhando e mudando os segundos. Acho que ele não pode me ajudar. Ninguém pode,

Ninguém, a não ser eu mesma!

01, 02, 03…

Estava ali. E nós somos assim mesmo: Não damos o devido valor quando se tem disponível, e, agora, tão longe, muitas vezes sem nenhum tipo de contato é que vemos que um simples aperto de mão pode arrepiar até o último fio de cabelo.

Ontem, sentia que faltava algo, hoje, você é responsável por uma dor que não é cruel, mais machuca tanto.

A vida é feito andar de bicicleta: se parar você cai! Vai em frente sem parar, que a parada é suicida, porque a vida é muito curta e a estrada é comprida. Você sobe e você desce na escada da vida e às vezes parece que a batalha está perdida e que você voltou pro ponto de partida. Vai à luta, levanta, revida! Vai em frente, não se rende, não se prende nesse medo de errar, que é errando que se aprende, que o caminho até parece complicado e às vezes tão difícil que você se surpreende quando sente de repente que era tudo muito simples. Vai em frente que você entende. Vai na marra, vai na garra, vai em frente. E se agarra no seu sonho com unhas e dentes. Pra saber o que é possível é preciso que se tente conseguir o impossível, sempre alimente a esperança de vencer. Só duvide de quem duvida de você.

"Tem que correr atrás, tem que fazer valer." Mas acaba valendo a pena! Mesmo as coisas não tendo chegado aonde você queria que chegasse, cada segundo foi único e jamais nenhum outro será igual. Nunca se arrependa de nada, por mais que as coisas não tenham saído como planejou, por mais que tenha errado sem saber que estava errando, fosse com si mesmo ou com outros. Cada experiência é única, sendo ela boa ou ruim, sempre vai servir pra te dar lições e te ensinar como agir da próxima vez.

Se a vida fosse uma máquina fotográfica, os sentimentos seriam apenas flashes.

Concordo com a frase. Talvez o sentimento das pessoas seja míseros "flashes" coisas de momento, no momento oportuno, no momento conveniente, a gente gosta, até ao ponto que isso não interfira no nosso modo de "ser e querer". Mas vale a "nossa" vontade e o "que a gente quer". Do que o fato de se preocupar com o que o outro possa vir a pensar depois. Nossas ações hoje refletem no futuro! O momento é como o flash, passa; mas só pra quem "tira" a foto, porque quem está nela se eterniza. Afinal, somos nós mesmos os responsáveis pela nossa felicidade! E se não zelarmos por ela que fará? Em certas ocasiões, por menor que seja o pedido de alguém, não se sabe o tamanho da importância que ele possa ter para outra pessoa. As ações de hoje por menores, refletem no futuro. São os flashes do "nosso" momento, em que só vemos a nós mesmos, que eterniza a mágoa. E não cicatriza!

Publicar um texto é o meu jeito educado de dizer: "Me empresta seu peito, porque a dor não tá cabendo só no meu".

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