Dizem que a gente tem o que precisa e não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito, eu não quero muito. Eu quero mais! Mais paz, mais saúde, mais dinheiro, mais poesia, mais verdade, mais harmonia, mais noites bem dormidas, mais noites em claro. Mais eu, mais você! Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós, mais nós, juntos, grudados, enrolados, amarrados, jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você, quero eu. Quero domingos de manhã, quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo, quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte.
Nada é muito quando é demais.
Alguém vê? Que quando a luz está apagando tem algo me matando. Eu sei que parece que as pessoas se importam, porque sempre tem alguém me rodeando, mas quando o dia acaba todos fogem. Quem vai me salvar de mim mesma? Quem vai ser aquele que vai estar lá, sem ter vergonha de me ver rastejar. Quem vai me segurar quando eu cair? Pode parecer que eu odeio tudo, mas tudo significa nada, quando a jornada em que você estava, da qual você está saindo, te deixa sentindo perdida. Tem alguém aí? Alguém vê? Que às vezes, a solidão é apenas parte de mim.
Eu vou me permitir deixar as lágrimas caírem livremente, para que a tristeza vá embora com elas. Eu vou me permitir deixar as portas abertas para que a felicidade não se acanhe quando chegar. E que ela entre, sem cerimônias.
Existe uma frase que diz: "O que mais nos machuca não são as palavras de nossos inimigos, mas o silêncio de nossos amigos". Faz sentido, mas existem poréns. Mesmo que um amigo não fale nada durante algum tempo ele ainda pode ser considerado um amigo, apenas o fato de não falar não implica em desgosto ou indiferença, afinal podem existir motivos. Porém, o que dizer daqueles que não falam nada quando você fala? Aqueles que não tem sequer consideração de responder ou ao menos dar satisfações, ou seja, tornam-se indiferentes a sua existência. Estes ainda podem ser considerados amigos? Talvez. Não vou ser eu aquela a quebrar o silêncio, não fui eu quem o iniciou. Fiz minha parte e como eu disse, não me arrependo, não tenho culpa. O que fazer então? Nada. Silêncio. Fim.
Amor é tipo leite: Tem prazo de validade curto, azeda muito rápido e longa vida tem conservante. Uma mentira embalada! Só parece seguro porque está em uma caixinha mas depois que abre é igual a qualquer outro. Amor é tipo isso, derivado de leite com embalagem bonita na geladeira do mercado. Você quer muito, às vezes fica doente de vontade, mas depois que bebe vê que nem foi tudo aquilo. E sem as embalagens, no fundo, danone, queijo, manteiga, é tudo a mesma merda. Fica lá em você boiando até sumir. Teu corpo absorve o bom e o ruim vai embora.