ㅤㅤㅤㅤㅤ L o o s eㅤT h o u g h t s

Feliz pelas janelas que não falam. Se dissesse, não gênio, te contaria que eu sei sim, no fim das contas, fazer sorrir. Não falo de gritos, do que não conheço, coisas idênticas. Talvez todas as grandes vias sejam iguais, se você reparar bem nas luzes – não estou falando de estrelas – será que você repara? (...) Pela primeira vez, basta o silêncio.

Muitas pessoas conhecem a historia do Mágico de Oz, mas de fato, não sabem do que se trata. Apenas dando uma rápida explicação, a historia começa com Dorothy indo por acidente pra terra de Oz, onde, para voltar para casa deve encontrar o Mágico de Oz na Cidade das Esmeraldas. Dorothy começa sua jornada e no caminho encontra alguns amigos, um espantalho, que deseja um cérebro, um homem de lata, que deseja um coração e um leão, que deseja coragem. Juntos, os quatro seguem em busca do Mágico, esperando que este realize seus desejos, sejam quais forem. Para chegar ao seu destino e realizar seus sonhos, eles devem seguir a Estrada dos Tijolos Amarelos.


Todo mundo tem sonhos, todo mundo almeja alguma coisa, tem esperança, tem um destino onde quer chegar, alguém que quer encontrar, um lugar para estar. Entretanto, essas coisas não acontecem de uma hora para outra, existe um caminho a se percorrer, existem coisas a se fazer, obstáculos e claro, pessoas que você encontra ao longo deste caminho. Algumas vezes o caminho é difícil, algumas vezes você deve ter cuidado para não cair dele. É desse caminho que estamos falando, essa é a verdadeira "Estrada dos Tijolos Amarelos". Cada um tem sua estrada, cada um sabe o caminho que deve seguir, cada um sabe para onde caminhar e mesmo que olhando para os próprios pés, continua caminhando. A única questão é saber o que tem no fim desse caminho, o que você vai encontrar lá, o que você realmente deseja, o que você quer que o Mágico de Oz te dê. Quem disse que o caminho é fácil? Ninguém e de fato não é, nenhum caminho é! Este muito menos. Mas eu, pelo menos, nunca desisti de seguir adiante, nunca caminhei olhando para os meus pés, nunca ignorei o que eu via, pelo contrário, admirava e ainda admiro cada paisagem, cada passo, cada momento em que caminho em direção ao que quero. Todos deveriam fazer isso, caminhar de olhos abertos e cabeça erguida, afinal, esse foi o caminho escolhido. Quanto a mim? Bom, eu tenho o meu próprio caminho, claro, como todos os demais, jamais deixei de prosseguir, esperando encontrar o Mágico e pedir a ele algo que eu nunca tive por completo. Enquanto caminhei, vi coisas maravilhosas, vi o passado, presente e futuro, vi dentro de mim mesma, vi dentro de outras pessoas, vi tudo aquilo que eu esperava ver e o que eu nunca queria ter visto, vi o céu e o inferno, o bem e o mal, a alegria e a tristeza. Mas nunca, NUNCA, deixei de seguir adiante. Coragem, orgulho, honra, alegria, vontade, desejo, amor, são inúmeros os sentimentos e sensações que jamais me deixaram desistir e não apenas isso, meus próprios amigos e mesmo pessoas que eu nem conheço não me deixaram desistir! Quando eu parecia perdida, alguém estava lá para me dar a mão e me lembrar do que eu havia esquecido, quem eu era, o que eu era, o que eu queria, por que eu queria, e, então, eu jamais desisti. Mas hoje, estou parado no meio do caminho. Não que eu esteja cansado, de saco cheio, ou sem esperança, isso jamais, como uma vez eu li, se me perguntarem, eu responderei "Não admito! Minha esperança é imortal!" e de fato é, mesmo quando eu pensei que já não tinha nada, lá estava, minha esperança, minha fé, meus sonhos e desejos. Entretanto, cada vez mais o caminho tem ficado complicado. Tijolo a tijolo o caminho tem se corroído aos meus pés, cada passo tornou-se um perigo pois nunca se sabe se cairei ou não, eu simplesmente não sei mais onde pisar e por onde seguir. Até então, eu venho me equilibrando no estreito caminho que existe, pois como eu disse, meu desejo não é de desistir, jamais e nem vou. Devido a isso, eu me encontro parada, simplesmente parada, olhando os poucos tijolos que sobraram, mas até onde minha vista enxerga, já não vejo mais nenhum caminho. Talvez exista, talvez não, mas eu jamais saberei, pois eu não desisti, simplesmente não há mais como seguir em frente. Ainda sim, se o caminho existir, talvez um dia eu possa voltar a ele e encontrar um meio de seguir adiante. Eu não sei, talvez alguém esteja destruindo meu caminho, ou não querem que eu siga em frente, ou não me deixem seguir, mas é isso, já não importa. A culpa não é minha, não é de ninguém, simplesmente é isso, e os tijolos continuam caindo e eu queria, sim, continuar este caminho, encontrar o Mágico e quem sabe, tudo ficaria bem um dia. Mas, não posso ficar parada, ou jamais chegarei a lugar algum. No fim, este não é um texto sobre desistência, mas sim, aceitação. Eu simplesmente aceito tudo que me acontece, assim como, aceitarei o que mais acontecer. Há melhor forma de respeitar alguém do que senão respeitando suas decisões, sentimentos e aceitando isso? Então, infelizmente, chegou a hora de me despedir desse caminho, mas não apenas disso. Chegou a hora de me despedir de meus sonhos. E como me disseram, é hora de seguir meu caminho, seja lá qual for! So, Goodbye, yellow brick road!

Adeus, estrada dos tijolos amarelos…

Agora as pessoas voltaram a me irritar. E eu voltei a ter que fazer muita força pra sair de casa!

sinto sua falta, aos finais de semana
e nos dias que terminam com 
"A"

A sensação de estar tudo desabando. Em meio de segundos que você nunca imaginaria que poderia acontecer algo parecido. Algo te sufoca e sua garganta aparenta dar um nó por dentro, para segurar tudo aquilo que quase insistentemente quer sair de dentro de você e você nem sabe ao certo o que é exatamente aquilo. Lágrimas, talvez, mas não é exatamente só lagrimas são consequências, excesso de vezes que você teve que ser mais forte do que imaginou que poderia ser, coisas que te fizeram extremamente mal, mas você guardou pra si. E todas as vezes que você se sentiu sozinha, isolada e acabou criando um mundo só seu, onde você se auto manteve instavelmente até aquilo acabar, não se tornando mais confortável pro estado em que se encontrava e você mais uma vez buscando por algo que te confortasse e aquilo se tornando cada vez mais impossível. E o desanimo tomando conta de uma forma assustadora, de forma que levantar da cama ao acordar era horrivelmente ruim, por pensar que você teria que aguentar mais um dia ali, incerta de todas as coisas que poderiam acontecer naquele dia. E se talvez piorasse tudo aquilo, seria ainda capaz de aguentar? Mesmo sem saber o limite das minhas forças, aquilo parecia já ter chego nele. E começava a se sentir assim, do nada! Era assustador demais a forma como aquilo agia e queria te fazer vitima. Teve dias, que eu sentia como se desse meio passo para frente e em questão de minutos, desse logo três para trás. Era desesperador demais você vendo aquela nuvem te acobertando a cada instante mais e você sem saber o que realmente fazer para reverter aquilo. Vontades de chorar vinham decorrentes desde a hora que eu acordava, até a hora que eu ia dormir. A qualquer hora, em qualquer lugar, perto de quem fosse. E era desesperador a cada vez que isso acontecia, sentia-me como o fim estivesse ali ou daqui alguns segundos ou minutos que estivessem por vir.

Voltei ao ponto de partida, ao lugar onde tudo começou. Quando eu encontrar palavras descreverei com detalhes.

Chegou aquele momento em que devo começar de novo.. Limpar as gavetas, colocar os livros para tomar sol. Tirar o mofo, Lavar toda a roupa suja. Limpar o computador ou finalmente arrumar aquela parte do armário em que eu não dou à mínima. Quero doar as roupas que não uso mais e fazer aqueela compra. Ousar nas roupas e comprar aquele sapato que eu não usaria à dois anos atrás. Renovar. Esquecer as velhas feridas deixá-las guardadinhas para que não doam com tanta frequência. Fazer com que a parte de mim que ainda pensa em você, pense um pouco menos. Deixar novos momentos, situações e circunstâncias preencher-me. Fazer com que eu não esqueça o passado, mas que pense nele como aprendizado, como uma matéria que eu estudei no colégio. Está começando uma nova era. Uma vida inteira para viver, uma estrada longa onde construirei casas, prédios. Conquistarei amigos e inimigos. Uma nova fase!

Mas por favor, não me prometa nada! Eu cansei de promessas, se é que você me entende. Tanta gente prometeu ficar e cuidar de mim. Me prometeram o mundo e toda uma eternidade juntos.. E olha agora. Aonde estão? Só restou eu, aqui, sozinha, como sempre fui, mesmo com tanta gente ao meu redor. Faça das suas palavras dívidas. Promessas são descartáveis e esquecíveis aos olhos de quem as fazem. Ao longo dos meus poucos anos de vida já pude vivenciar demais, histórias que foram ofuscadas com o tempo, amores que acabaram pela distância… Distância. E afinal, o que é distância? Algo que nos corrói cada vez mais, quando mesmo tão perto fisicamente, nos encontramos tão longe. Que nos impede de cuidar, proteger, de estar realmente perto de alguém. E não é só dos quilômetros que eu estou falando. Estou falando de distância sentimental, daquelas que a pessoa está do seu lado, mas você sente que ela está lá longe, sabe? Daquelas que a pessoa está ali ouvindo, ou fingindo ouvir, tudo o que você está falando e mesmo assim, parece que a cabeça e o coração dela estão em outro lugar. Daquelas que machucam de verdade e ninguém sabe. E é justamente por isso, justamente por machucar tanto, que eu cansei. Cansei dessa distância, cansei de promessas, cansei de tudo. Vou fazer uma limpa nos meus sentimentos, sacudir a poeira, esquecer quem já me esqueceu faz tempo. Vou parar de me prender a sentimentos que não me levam a lugar nenhum, só ao fundo do poço. Que é onde eu estou agora. No fundo do poço. Pisada, abatida, machucada, esquecida pelas pessoas e como de fato, afundando cada vez mais. Preciso parar de acreditar em tudo que me dizem, porque na verdade eles dizem apenas para machucar ainda mais. Ninguém se importa e eu sei disso, só que mesmo assim continuo acreditando. Sou uma tola! Quem é que, mesmo depois de apanhar tanto da vida, continua sofrendo pelas mesmas coisas? É… tinha que ser eu. E talvez isso tudo seja culpa das promessas irrealizadas que já me fizeram e das ilusões que eu tive o desprazer de sentir […] Vou mudar, me entende? Começar a tratá-los do mesmo jeito que me tratam, com frieza, desprezo. Ligar menos para os que querem me derrubar, passar a contar os amigos verdadeiros nos dedos e vou ser realmente feliz dessa vez! Mostrar para todos aqueles que um dia vieram a duvidar de mim, que eu fui capaz de superar todos os problemas sozinha, sem pedir ajuda deles, se quer, uma vez. Mostrar que a menininha fofa já não existe mais, graças à esse mundo em que me colocaram, que conseguiu arrancar toda doçura e sensibilidade que haviam dentro de mim.

Quantos gritos cabem em um silencio?

Publicar um texto é o meu jeito educado de dizer: "Me empresta seu peito, porque a dor não tá cabendo só no meu".

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