ㅤㅤㅤㅤㅤ L o o s eㅤT h o u g h t s

Feliz pelas janelas que não falam. Se dissesse, não gênio, te contaria que eu sei sim, no fim das contas, fazer sorrir. Não falo de gritos, do que não conheço, coisas idênticas. Talvez todas as grandes vias sejam iguais, se você reparar bem nas luzes – não estou falando de estrelas – será que você repara? (...) Pela primeira vez, basta o silêncio.

... o ano termina e nasce outra vez !

três dias para a virada do ano. essa época do ano sempre me deprime. não sei porque, mas é sempre igual. quando começa a chegar perto do dia 25, parece que tudo tem que desmoronar. os nervos a flor da pele, de uma tal forma, que até as luzes de natal me irritam. sei lá, às vezes acho que até a vida tira um tempo de folga, vai comprar presente à alguém e esquece que eu tô aqui, pronta pra tudo o que ela tem de bom para me proporcionar e talvez, até pronta para o pior. ou talvez seja esse o presente que eu receba: duas enormes semanas de nada! nada para fazer, nada para me preocupar, nada na cabeça, nada no coração. nada além de um tédio monstruoso, nada além daquela saudade que sempre vem nas piores horas e estraga mais ainda com tudo, nada além de uma mente vazia. nada além de todos os sentimentos juntos, se unindo para me fazer pirar. talvez o real motivo, seja porque eu estou vendo que mais um ano tá indo embora, e o que mudou? nada. é como se fosse mais um ano jogado fora, em que não consegui me levantar e correr atrás do que quero, por contabilizar inúmeras perdas, algumas irreparáveis e quase nenhum ganho, se é que houve. mas como, um dos poucos ganhos que tive, me ensinou que, nós temos que manter a fé. é preciso sempre acreditar que algo bom está por vir, ou talvez até criar a ilusão de que temos esperança, acreditar que o futuro será melhor, é claro, sem deixar de fazer acontecer agora, esperando que tudo caia do céu, porque como mamãe me diz, do céu, só chuva! é preciso acreditar que no ano que está nascendo, as coisas vão mudar, tudo irá se renovar. mesmo sabendo que a cada ano que passa, as decepções continuarão vindo e vão aumentando, cada dia mais. é isso que nos mantém de pé.

' e o que você fez?

Seria possível sentir falta de alguém que você não chegou a conhecer? Alguém que você nunca nem viu passando, de longe, por aí? Seria possível você ter essa enorme vontade da presença de alguém que nunca ouviu falar de você? Certo, eu não sei se é. Mas uma coisa eu sei: É possível, sim! Poxa, me dói pensar nele, na forma como partiu, tão cedo, tão brutalmente. Quando me contam das aventuras, apertos e tudo o que fez em terra, me dá uma sensação tão boa, uma paz de espírito. Ao mesmo tempo, me bate uma dor, tão, mas tão grande. Dor de ver como o seu irmão sofre, por mesmo após quase seis anos, não ter se conformado em não mais chegar em casa e lhe ter alí, brincando e mechendo no seu tão amado Opala, que continua lá, intácto, parece que continua a lhe esperar. Dor esta, que vem sempre ao pensar que eu também não tive a honra de te conhecer, de ter estado ao seu lado por alguns mízeros segundos, que fosse, só pra poder imaginar e sentir melhor as alegrias e vibrações da qual sempre me demonstram ao falar de ti. Talvez pareça loucura da minha cabeça, mas para mim não é e passa muito longe de ser. Eu sinto a falta de alguém que eu não cheguei a conhecer. Sinto falta de seus sorrisos e histórias. Eu gostaria que fosse você alí, me contando de dias como o que você quebrou o freio do carro e escondeu de seu pai ou até mesmo o dia que você o bateu. Dias que brigou feio com sua mãe. Coisas que hoje, eu sei, mas não do modo como eu gostaria, não com você aqui, me contando. E sei que, um dia, todos nós estaremos eu, você e teu irmão, juntos, contruindo as nossas aventuras. onde quer que seja!

Publicar um texto é o meu jeito educado de dizer: "Me empresta seu peito, porque a dor não tá cabendo só no meu".

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