Seria possível sentir falta de alguém que você não chegou a conhecer? Alguém que você nunca nem viu passando, de longe, por aí? Seria possível você ter essa enorme vontade da presença de alguém que nunca ouviu falar de você? Certo, eu não sei se é. Mas uma coisa eu sei: É possível, sim! Poxa, me dói pensar nele, na forma como partiu, tão cedo, tão brutalmente. Quando me contam das aventuras, apertos e tudo o que fez em terra, me dá uma sensação tão boa, uma paz de espírito. Ao mesmo tempo, me bate uma dor, tão, mas tão grande. Dor de ver como o seu irmão sofre, por mesmo após quase seis anos, não ter se conformado em não mais chegar em casa e lhe ter alí, brincando e mechendo no seu tão amado Opala, que continua lá, intácto, parece que continua a lhe esperar. Dor esta, que vem sempre ao pensar que eu também não tive a honra de te conhecer, de ter estado ao seu lado por alguns mízeros segundos, que fosse, só pra poder imaginar e sentir melhor as alegrias e vibrações da qual sempre me demonstram ao falar de ti. Talvez pareça loucura da minha cabeça, mas para mim não é e passa muito longe de ser. Eu sinto a falta de alguém que eu não cheguei a conhecer. Sinto falta de seus sorrisos e histórias. Eu gostaria que fosse você alí, me contando de dias como o que você quebrou o freio do carro e escondeu de seu pai ou até mesmo o dia que você o bateu. Dias que brigou feio com sua mãe. Coisas que hoje, eu sei, mas não do modo como eu gostaria, não com você aqui, me contando. E sei que, um dia, todos nós estaremos eu, você e teu irmão, juntos, contruindo as nossas aventuras. onde quer que seja!